Demandas técnico-táticas e fisiológicas de combates da luta olímpica

Autores

  • Bianka Miarka Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.18002/rama.v11i1.3309

Palavras-chave:

Artes marciais, wrestling, técnica, tática, comportamento motor, análise de tempo-movimento, esportes de combate

Resumo

Análises das demandas técnico-táticas e fisiológicas dos combates da luta olímpica são importantes porque mostram informações essenciais para o desenvolvimento de treinamentos contextualizados e preparação física específica para lutadores. Por isso, o objetivo dessa revisão é mostrar características do combate de luta olímpica nos estilos livre, feminino e greco-romana. A análise de tempo-movimento apresentada nesse artigo é componente principal para inferências sobre a intensidade em relação à taxa de esforço: pausa pelas ações do combate. Após a modificação das regras durante o ano de 2013, os combates mostraram ações rápidas e com maior variação, especialmente, em categorias mais leves. Durante os combates de greco-romano, grande parte dos estudos apontam os takedowns como as técnicas mais eficazes em competições mundiais entre 2009 e 2011. Para o mesmo período, na luta olímpica feminina e estilo livre, as técnicas de pé/perna são as mais eficazes, seguida dos ataques de takedown. Enquanto, as últimas análises, após a modificação das regras, mostram que as ações ofensivas determinantes são aplicadas em pé e em par-terre, especialmente técnicas de gutwrenches e movimentos derivados do suplex. Os conhecimentos sobre as ações determinantes e predominantes dos combates da luta olímpica podem ser aplicados em futuras pesquisas, assim como utilizados em aplicação prática em treinamentos, preparação física e avaliações análogos às ações do combate, assim como permitem intervenções para evitar lesões que possam ser conseqüentes das ações técnico-táticas da luta olímpica.

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Publicado

2016-06-21

Como Citar

Miarka, B. (2016). Demandas técnico-táticas e fisiológicas de combates da luta olímpica. Revista de Artes Marciales Asiáticas, 11(1), 18–31. https://doi.org/10.18002/rama.v11i1.3309

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