A Honorável Irmandade de Cinturões Negros nas artes marciais coreanas
DOI:
https://doi.org/10.18002/rama.v14i1.5863Palavras-chave:
Artes marciales, deportes de combate, Corea del Sur, ritos de paso, moralidad, dominación masculinaEntidades:
Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Universidad Nacional de MisionesResumo
As artes marciais, tal como o taekwondo e o gumdo, constituem símbolos distintivos da cultura coreana. A sua difusão internacional é o resultado de uma política governamental sustentada desde os meados do século XX. A popularidade destes sistemas de treino se associa à ideia de que inculcam valores fundamentais da sociedade coreana, como o respeito pela autoridade, a hierarquia e a proeminência do coletivo sobre o individual. Neste trabalho descrevemos como estes valores são incorporados e reproduzidos na prática quotidiana das artes marciais na Coreia, mediante a análise dos sistemas de graduações próprios destas disciplinas e os ritos de passagem necessários para se mover neste espaço simbolicamente estruturado. Mostramos algumas tensões e conflitos que surgem na confrontação entre os valores que encarnam estas disciplinas marciais e regimes morais mais amplos. Em particular, como o ensino das artes marciais na Coreia contribui para a reprodução de relações desiguais entre os géneros, perpetuando uma forma específica de dominação masculina.
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