O Dô-jang: escola de disciplina e moralidade
DOI:
https://doi.org/10.18002/rama.v10i1.1445Palavras-chave:
Coreia do Sul, Artes marciais, desportos de combate, Taekwondo, Gum-dô, trabalho corporal, disciplina, educaçãoResumo
As artes marciais podem ser definidas como história em movimento. Poucas actividades desportivas, de popularidade internacional, mobilizam corporalmente um repertório simbólico e prático de moralidade ética e sensualidade estética tão completo e distintivo de um povo como as disciplinas marciais coreanas, em especial o taekwondo e o gum-dô. Tal como noutros desportos de combate, o ginásio de artes marcais (dô-jang) é o lugar onde se produzem e se reproduzem os valores e se apropriam as habilidades, os conhecimentos e os reconhecimentos – títulos, certificados, etc. – que legitimam a entrega, corporal e social, de um indivíduo a uma disciplina marcial. O presente artigo procura transmitir ao leitor as emoções que gera num neófito da prática de arte marcial e as tensões sociais e quinéticas que se experimentam como resultado desta acção na moderna sociedade coreana. Explora, assim, alguns factores históricos vinculados ao seu desenvolvimento e acelerada expansão em apenas meio século.Downloads
Métricas alternativas
Referências
Bourdieu, P., & Wacquant, L. (2005). Una invitación a la sociología reflexiva. Buenos Aires: Siglo XXI Editores.
Bourdieu, P. (2007). Programa para una sociología del deporte. En Cosas Dichas (pp. 173-184). Barcelona: Gedisa.
Choi H. H. (1996). Taekwon-Do. El arte coreano de la defensa personal. Buenos Aires: International Taekwon-Do Federation.
Crossley, N. (2005). Mapping Reflexive Body Techniques: On Body Modification and Maintenance’. Body & Society, 11(1), 1-35.
Donohue, J. J. (1994). Warrior Dreams: The Martial Arts and the American Imagination. Westport, CT: Bergin & Garvey.
Donohue, J. J. (1998). Herding the Ox. The Martial Arts as Moral Metaphor. Wethersfield, CT: Turtle Press.
Durkheim, E. (2004). La división del trabajo social. Buenos Aires: Libertador.
Elias, N., & Dunning, E. (1992) Deporte y ocio en el proceso de la civilización. México: Fondo de Cultura Económico.
Foucault, M. (1996). La verdad y las formas jurídicas. Barcelona: Gedisa.
Goffman, E. (2001). La presentación de la persona en la vida cotidiana. Buenos Aires: Amorrortu.
Graham, E. (2013). ‘There Is No Try in Tae Kwon Do’: Reflexive Body Techniques in Action. En R. Sánchez & D. Spencer (Eds.) Fighting Scholars. Habitus and Ethnographies of Martial Arts and Combat Sports (pp. 63-77). London & New York: Anthem Press.
Hobsbawm, E. (2002) Introducción: la invención de la tradición. En E. Hobsbawm & T. Ranger (Eds.), La invención de la tradición (pp. 7-21). Barcelona: Crítica.
Iedwab, C. A., & Standefer, R. L. (2001). El arte secreto de la salud y la buena forma física. Madrid: Miraguano.
Kim, K. D. (Ed.). (2008). Social Change in Korea. Paju: Jimoondang.
Kim, M.-H. (1999). L'origine et le developpement des arts martiaux. Pour une anthropologie des techniques du corps. Paris: L’Harmattan.
Korea Focus. (2013, 13 de marzo). The Korean Wave Creeps into Cultural Heritage. Korea Focus. Recuperado de http://www.koreafocus.or.kr/design3/Culture/view.asp?volume_id=137&content id=104670&category=C
Lee J. K. (2006). Educational Fever and South Korean Higher Education. Revista Electrónica de Investigación Educativa, 8(1), 1-14.
Martínez Guirao, J. E. (2011). Una etnografía de las artes marciales. Procesos de cambio y adaptación cultural en el taekwondo. Alicante: Editorial Club Universitario.
Mauss, M. (1979). Técnicas y Movimientos Corporales. En Sociología y Antropología (pp. 335-356). Madrid: Tecnos.
Sánchez, R., & Spencer, D. (Eds.) (2013). Fighting Scholars. Habitus and Ethnographies of Martial Arts and Combat Sports. London & New York: Anthem Press.
Sánchez, R. (2013). Taming the Habitus. The Gym and the Dojo as ‘Civilizing Workshops’. En R. Sánchez & D. Spencer (Eds.) Fighting Scholars. Habitus and Ethnographies of Martial Arts and Combat Sports (pp. 155-170). London & New York: Anthem Press.
Seth, M. J. (2008). Fiebre educativa: sociedad, política, y el anhelo de conocimiento en Corea del Sur. Buenos Aires: Prometeo.
Vogel, A., Mello, M. A. da S., & Barrios, J. F. P. de (2014). La gallina de Angola. Buenos Aires: Antropofagia.
Wacquant, L. (1999). Un arma sagrada. Los boxeadores profesionales: capital corporal y trabajo corporal. En J. Auyero (Comp.), Caja de herramientas. El lugar de la cultura en la sociología norteamericana (pp. 237-292). Buenos Aires: Universidad de Quilmes.
Wacquant, L. (2006). Entre las cuerdas. Cuadernos de un aprendiz de boxeador. Buenos Aires: Siglo XXI Editores.
Wagner, E. W., Carter, J. E., Lee K. B., Lew Y. I., & Robinson, M. (1990). Korea Old and New: A History. Seúl: Ilchokak.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2015 Gonzalo Ariel Millán
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
Os autores que publicam nesta Revista estão de acordo com os seguintes termos:
- Os autores cedem, de forma exclusiva, os direitos de exploração (reprodução, distribuição, comunicação pública, transformação) à Universidade de Léon, podendo estabelecer, em separado, acordos adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do artigo publicado na Revista (por exemplo: alojar no repertório institucional ou publicá-lo num livro), com o reconhecimento da publicação inicial nesta Revista.
- O trabalho encontra-se na Creative Commons Attribution-Non Commercial-Share Alike 4.0 International License. Pode-se consultar aqui o resumo e o texto legal da licença.
- Permite-se, e sugere-se, que os autores difundam electronicamente as versões pré-impressão (versão antes de ser avaliada) e pós-impressão (versão avaliada e aceite para publicação das suas obras antes da sua publicação), favorecendo a sua circulação e difusão, e com ela o possível aumento da sua citação e alcance pela comunidade académica.