Introdução ao boxe flor de ameixa: história, cultura e prática
DOI:
https://doi.org/10.18002/rama.v5i2.109Palavras-chave:
Província de Shandong, boxeur, folclore, filosofia marcial, modernizaçãoResumo
O meihuaquan (“Punho [Boxe] da Flor de Ameixa”) praticou-se tradicionalmente como arte vernácula (folclórica) no grupo étnico dos Han, das províncias chinesas de Shandong, Henan e Hebei. Os registos históricos datam o boxe flor de ameixa do século XVII. A crónica clássica chinesa Shuihu Zhuan (As Crónicas do Pântano) relata as proezas marciais dos heróis proscritos de Shandong durante o século XII, que também podiam ter sido “boxeurs” mei. Assim, durante possivelmente um milénio, a região foi célebre pelas suas artes marciais vernáculas e de banditismo social. A aparente anarquia da região promoveu habilidades marciais altamente desenvolvidas, tanto entre os criminosos como entre aqueles que necessitavam de se defender frente aos bandidos. Os factores culturais, económicos e ambientais da região deram lugar a crenças políticas e religiosas heterodoxas que serviram frequentemente como catalisadoras de seitas marciais, muito destacadamente os “boxeurs”, que na transição do século XX entraram em conflito com o governo Imperial. Estes factores assentaram as bases nos “atributos de carácter” da arte, tal como o taoísmo e a teoria dos cinco elementos, confirmando os princípios estratégicos e mecânicos do boxe flor de ameixa. Durante a última década realizaram-se esforços para globalizar esta arte marcial vernácula. Mais do que conduzir o boxe flor de ameixa à extinção, é provável que o tradicional e o “mais amplo que o local” cheguem a coexistir.Downloads
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Referências
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